Desconstruindo verdades
Um Demônio mora e ronda o seu lar – o Demônio usa outro nome: Televisão e tem
segmentos que no todo chama-se Mídia. Para exorcizá-lo está faltando
organização e um pensamento libertador que anda em delírio e até hoje não foi
alcançado. A alienação é um tropeço até mesmo para nossos educadores e
profissionais da educação. O Brasil está tomado e dominado por um fantasma
chamado “indústria da informação”. O “Esclarecimento” ainda não atingiu a
consciência para que as pessoas saiam do “senso comum” e atinjam a emancipação.
Um medo imaturo e descontrolado faz adultos acreditarem que debaixo da cama
ainda residam monstros, sendo assim, este obstáculo deve urgentemente ser vencido,
pois “do medo o homem presume estar livre quando não há nada mais de
desconhecido” (Dialética do Esclarecimento, pag. 26). Entretanto, os
brasileiros poderão por fim, olhar a si mesmos e se verem como existentes de
uma liberdade conscientizada. Os brasileiros precisam aprender a não ter medo.
Conhecer para estar livre.
A Mídia tornou-se uma Máquina de fabricação caseira e universal de
monstros e mentiras. Cabe mais que nunca a responsabilidade em dar fim as suas
falcatruas, de uma vez por toda, acabar com essa visão ultrapassada e disforme.
Para isso, faz-se necessário: levantes, lutas e movimentos nas ruas para
desmontar os corruptos. É importantíssimo acabar com fantasmas e fantasias que
permeiam esse povo. É preciso também que sejam orientados do desperdício de
vidas. Vidas que foram roubadas todos os dias: prostrado no sofá e em frente a
um vácuo imagético. Roubam também a capacidade autocritica, aguçando as pessoas
a serem boas debatedoras de novelas. O poder midiático luta com todas suas
forças para impor como religião que o povo não possa pensar. Digo e repito:
perseverança e muita dedicação para castrar a estupidez dos dirigentes das
grandes empresas midiáticas. Assim deverão ser os líderes de hoje e de amanhã
responsáveis pelos Movimento Sociais: hábeis a lutar e não temer o inimigo. Os
trabalhadores em toda sua esfera devem ser orientados; convence-los para que
atinjam e influenciem a opinião pública com maturidade e consciência. Essa
mesma elite que nega a vida, nega também um salário mínimo para sobreviver.
Soluções apontam para uma unificação libertadora das massas. A chama continua
acesa nas decisões dos opressores. Cabe mais que nunca negar o individualismo e
um egoísmo excludente e desregrado. Vamos exigir como solução uma reforma nos
meios de comunicação. A família Marinho não representa (ideologicamente,
cientificamente, religiosamente e etc.) mais de 200 milhões de brasileiros.
Temos que aniquilar esse padrão imposto a sociedade brasileira.
“O pensamento nasce livre”. Os meios de comunicação forjaram sua prisão
e manipulação em defesa da injustiça e do fracasso dos que nascem a margem. Uma
sociedade escrava planeja inconscientemente seu próprio fim. A emancipação dos
oprimidos não pode fracassar nem deixar ser vencida por uma chuva ácida de
mentiras. Os cavaleiros do apocalipse a todo instante vomitam suas diminutas
insignificantes: são cálculos frios e egoístas numa imensa “Jaula de Aço” do
capitalismo. O que falta são lideranças competentes para avançar com a luta e
atingir meios e fins. Quem nos representam no momento está frio e parece dar os
últimos suspiros: a esquerda parece padecer ou está infestada com infiltrações de
pensamentos e ideias corroídos por traças. O momento grita até mesmo para que
sejam trocadas as lideranças de partidos e movimentos de esquerda.
Luis Carlos de Lima
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